quinta-feira, 21 de abril de 2016

PRESO GRAVA VÍDEO E FAZ APOLOGIA AO CRIME NA CADEIA

O serviço de inteligência da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) já identificou o interno que faz apologia ao crime, através de um vídeo que, segundo o corregedor metropolitano do órgão, Victor Ramos, foi gravado dentro de uma das celas do Centro de Recuperação da cidade de Castanhal (CRCAST).

Na filmagem, o interno José de Jesus Ferreira da Silva, de 29 anos, aparece fazendo uma série de ameaças de morte e exaltando atividades criminosas, como roubo e homicídio. Ele ameaça algumas esposas de criminosos e homens que flertam com elas, afirmando que “merecem morrer na faca, pra ser lento, pra sofrer”. O detento também faz ameaças contra policiais e “milicianos”, afirmando que devem ser baleados só na cara. José de Jesus afirma ainda que os detentos se divertem dentro da prisão. “Aqui a gente tem ‘tela’ (televisão), tem som, tem dinheiro, tem droga e até cordão de ouro 18 quilates”, e termina a gravação com uma nova ameaça. “Hoje estamos aqui, mas logo, logo estamos ai fora para matar, roubar e destruir de novo. Aqui é o crime”.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) confirmou a autenticidade da gravação e afirmou que um inquérito policial será aberto, para que o caso seja apurado e que o interno sofra medidas disciplinares. “A conduta de ter aparelho celular, dentro de uma unidade prisional, é falta grave, então ele (interno) responderá a procedimento disciplinar penitenciário. Isso pode gerar várias consequências danosas para o preso, como impedir progressão de regime, saída temporária, remissão de pena, dentre outros”, disse Victor Ramos. O corregedor metropolitano da Susipe disse ainda que o preso foi autuado por apologia ao crime (artigo 287, do Código Penal Brasileiro) e que ele responderá a procedimento disciplinar penitenciário.

José de Jesus Ferreira da Silva estava custodiado provisoriamente no Centro de Recuperação da cidade de Castanhal (CRCAST) sob a acusação de furto qualificado e tráfico de drogas. A corregedoria da Susipe irá abrir uma sindicância administrativa para apurar se houve ou não conivência e/ou negligência de servidores na entrada ilegal do aparelho celular no centro de detenção.

Reportagem: Tiago Silva

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